Confira abaixo como ficou bonito o relato do meu trabalho com a Classe Especial.
Sexta-feira, 05/04/2013
Descobertas, Esperança, Transformação, Respeito, Valorização: Educação Especial
A curta experiência de trabalho e a convivência com os alunos com deficiência proporcionam grandes descobertas à professora Fernanda Oliveira, que tem esperanças de que haja um movimento de transformação da realidade.
Considera-se criança com deficiência, apenas para efeito de conceituação, “aquela que tem impedimentos de longo prazo, de natureza física, mental ou sensorial que pode restringir sua participação plena na escola e na sociedade. Nesse grupo estão incluídos alunos com autismo, síndrome do espectro de autismo e psicose infantil, além de crianças com altas habilidades/superdotação”.
Na cidade do Rio de Janeiro, o órgão responsável por fomentar a educação especial nas escolas da Prefeitura do Rio de Janeiro é o Instituto Helena Antipoff, que “atua na perspectiva da educação inclusiva, acompanhando as diretrizes e metas propostas pela Política Nacional de Educação Especial. Dentro dessa ótica, a educação especial passa a integrar o projeto pedagógico da escola regular, promovendo o atendimento às necessidades educacionais especiais de alunos com deficiência, transtornos globais de desenvolvimento e altas habilidades/superdotação”.
Nessa perspectiva, o IHA mantém equipes junto às Coordenadorias Regionais de Educação para acompanhar os alunos integrados nas turmas regulares e nas salas de recursos multifuncionais, classes hospitalares, classes especiais e escolas especiais. O apoio dos pais e responsáveis dos alunos com deficiência é muito importante, por isso, desde 2009, a SME/RJ criou o Grupo de Pais (Grupo de Trabalho de Pais Representantes da Educação Especial), que é composto por dois pais ou responsáveis representantes junto a cada uma das onze Coordenadorias Regionais de Educação, sendo um titular e um suplente.
O Grupo tem como objetivo sugerir, discutir e propor ações sobre a Educação Especial na Rede Municipal, que atendam as reais necessidades dos alunos com deficiência.
O Instituto Helena Antipoff está localizado à Rua Mata Machado 15, no Maracanã. Existem limites, impossibilidades e impedimentos para crianças com deficiências?
É o que vamos saber conhecendo o trabalho da professora Fernanda de Oliveira, que há três anos vem atuando em turmas de educação especial na Escola Municipal Figueiredo Pimentel.
![]() Fernanda relata, especialmente aos leitores do Portal Rioeduca, sua experiência na Educação Especial.
O Trabalho com a Classe Especial
“Chamo-me Fernanda e trabalho com a Classe Especial há três anos na Escola Municipal 05.15.062 Figueiredo Pimentel, no bairro de Turiaçu, próximo ao bairro de Madureira. Esta curta experiência de trabalho e convivência com os alunos com deficiência tem me proporcionado grandes descobertas e uma esperança que haja um movimento de transformação da realidade, onde esses alunos possam ser respeitados em suas diferenças, valorizados em suas habilidades e que possam, também, ter garantidos os seus direitos como cidadãos. Porém, há uma dificuldade de trabalho na educação especial, pois existe uma ausência de articulação entre o ensino comum e a educação especial. Promover essa integração é um desafio, pois ambos não parecem fazer parte de uma mesma educação geral; pois cada um trabalha em suas respectivas áreas e há barreiras em compartilhar ações pedagógicas, além de lidar muitas vezes com sentimentos como a frustração e a insegurança frente ao desafio de trabalhar com a inclusão. Segundo Codo e Lane (1989), os fatores emocionais tem grande importância na prática educacional. Para haver um processo de ensino-aprendizagem de qualidade, é necessário que o docente tenha um bom relacionamento com os seus discentes. Os trabalhos realizados com a classe especial são desenvolvidos a partir do centro de interesse de cada aluno, de suas habilidades e necessidades. Aplicamos constantemente um trabalho psicomotor em que o aluno é provocado a realizar atividades que estimulem a coordenação motora, o equilíbrio, a noção espacial, a criatividade, a concentração e as expressões oral e corporal. Neste ano, nossos projetos estarão baseados em nosso PPP (Projeto Político Pedagógico), que tem como tema “Redescobrindo Saberes”. Nele, trabalharemos com os quatro pilares da Educação: Saber conhecer, Saber conviver, Saber ser, Saber fazer". ![]() E continua: "Com propostas de autoconhecimento, aceitação e valorização do próprio “EU”, como sugere um dos pilares “Saber conhecer”, também teremos como objetivo o convívio com as diferenças, que ser diferente é normal, que bonito é ser você mesmo, é respeitar o outro como ele é. Esse projeto é pautado no pilar “Saber conviver” e, com ele, nós vamos descobrindo a realidade e a essência de nossos alunos. Formamos uma parceria de sucesso, com a participação ativa dos pais, que estão sempre unidos e presentes em um diálogo constante para melhor atender e facilitar o processo evolutivo de nossos alunos no ambiente escolar. Essa união contribui para acentuar o trabalho coletivo e colaborativo, onde todos juntos decidiremos as ações que determinarão as mudanças a serem realizadas para melhorar a socialização, as vivências, as experimentações nas descobertas de novas aprendizagens de nossos alunos da Classe Especial.”
Parabéns professora Fernanda, parabéns Escola Municipal Figueiredo Pimentel, pela oportunidade de podermos conhecer este trabalho fantástico com a Educação Especial.
Quer saber mais sobre a professora Fernanda Oliveira? Então, leia aqui.
Conheçam, também, o blog O Despertar da Classe Especial, da professora Fernanda Oliveira. http://despertardaclasseespecial.blogspot.com.br/
Escolas e professores, participem das publicações do portal Rioeduca enviando para o representante da sua CRE projetos desenvolvidos e/ou atividades que impactaram a aprendizagem de seus alunos. Clique aqui para saber o e-mail do seu representante.
Professora Regina Bizarro _ Representante do Rioeduca na 5ªCRE
Twitter: @rebiza
Facebook: Regina Biza
E-mail: reginabizarro@rioeduca.net
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